Entender o que faz pele, cabelo e unhas envelheceram naturalmente nos ajuda até a melhorar a rotina de cuidados e de beleza
Mudanças são inevitáveis, especialmente àquelas que acontecem por causa do tempo e afetam o corpo, mais especificamente, a beleza. Mas, afinal, como a pele, os cabelo e as unhas reagem ao processo de envelhecimento?
Kédima Nassif, que é dermatologista e tricologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica como essas mudanças causadas pelo envelhecimento ocorrem, além de dicas de como prevenir esses sinais; confira:
Como a pele é afetada pelo envelhecimento?
“A nossa pele passa por muitas mudanças ao longo das décadas, como perda de elasticidade e diminuição de gordura. Na faixa dos 25 aos 30 anos você começa a perceber que a pele já não é mais tão resistente. É nessa idade que linhas finas e manchas solares começam a aparecer. Já aos 40 anos, a pele começa a ficar mais ‘frouxa’”, explica a especialista.
Segundo ela, é a partir dessa ideia que a pele começa a perder elasticidade e rigidez e, aos 50 anos, começa a ficar caída, assim como as pálpebras e sobrancelhas. “Isso continua quando você chega aos 60, 70 e mais anos, com o afinamento da pele e as veias subjacentes se tornando mais visíveis”, completa.
Como cuidar da pele e prevenir o envelhecimento precoce?
Para cuidar da pele nesse tempo, a dermatologista Claudia Marçal, que também é membro da SBD e da American Academy Of Dermatology (AAD), explicou em entrevista prévia ao Delas a importância de colocar na rotina ingredientes e ativos que auxiliem a hidratação e produção de colágeno – a proteína que é responsável pela firmeza da pele.
“É recomendado incluir vitamina D, nanoconjugados de silício orgânico e tetrapeptídeos que melhorem o apoio estrutural da pele, além de ativos para melhora da nutrição celular, fornecendo vitaminas e aminoácidos”, diz. Hidratantes em creme e estimuladores de colágeno são outros produtos necessários, assim como protetor solar.
Como os cabelos são afetados pelo envelhecimento?
Os cabelos grisalhos são o sinal mais obvio do envelhecimento e costumam aparecer entre 35 e 45 anos de idade. Segundo a dermatologista e tricologista, eles nascem porque, com a idade, os melanócitos perdem a capacidade de continuar produzindo melanina.
“A queda de cabelo e a perda do brilho também tem a ver com a idade. Como o cabelo é menos espesso e os folículos capilares acabam parando de produzir novos cabelos, a perda de cabelo também é comum”, complementa Kédima.
E o que fazer com os cabelos brancos?
É importante não arrancá-los, já que isso pode deixar o couro cabeludo inflamado – e não fará o fio nascer pigmentado -, além de manter uma rotina de cuidados com produtos específicos, como shampoo roxo para evitar que o cabelo fique amarelado e hidratantes capilares.
As unhas também passam por um processo de envelhecimento e ficam enfraquecidas com o tempo
Apesar dos efeitos na pele e nos cabelos serem sentidos com mais intensidade, as unhas são outra área que também é afetada com o passar dos anos. “A estrutura química que compõe as unhas sofre uma série de modificações”, explica a especialista.
Segundo ela, as unhas perdem água com mais facilidade. Desidratadas, tornam-se quebradiças e mais finas. Outro sinal de envelhecimento bastante comum é o surgimento de riscos que se parecem com ondas nas unhas das mãos. “Essa condição é totalmente benigna e corresponde aos cabelos brancos que vemos nas pessoas mais velhas”, diz.
Como cuidar melhor das unhas?
O tratamento é cosmético e simples: lixar, polir e aplicar bases esmaltes já ajudam a melhorar o aspecto visual das unhas que sofrem com o processo de envelhecimento.
É possível adiar as mudanças causadas pelo envelhecimento?
É impossível “pausar” o tempo, mas dá, sim, para adiar esse processo por algum tempo. “Coisas simples, como dormir bem, se exercitar, manter uma dieta saudável e permanecer ativo podem ajudar mais do que a maioria das pessoas imaginam. Reduzir o estresse também é fundamental, além de estar sempre hidratado e nunca esquecer do fotoprotetor de FPS igual ou maior do que 30 todos os dias”, finaliza.