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Ginecologista lista cinco hábitos comuns que prejudicam a saúde da mulher

Desde o lubrificante que você usa durante o sexo até ficar adiando os exames ginecológicos, são vários os hábitos que você deve deixar de lado agora

Cada vez mais parece que os ponteiros do relógio estão correndo mais rápido. Além disso, as obrigações do dia a dia também parecem aumentar com o tempo. Nessa correria para conciliar trabalho, estudo, contas para pagar e famílias e amigos, por exemplo, o cuidado com nossa saúde pode acabar em segundo plano. Outras vezes, os problemas podem surgir também por falta de conhecimento.

Famoso chocolatinho para a TPM ao invés de ajudar a mulher pode até mesmo piorar a saúde e sintomas da síndrome

Famoso chocolatinho para a TPM ao invés de ajudar a mulher pode até mesmo piorar a saúde e sintomas da síndrome

Foto: Shutterstock

De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, existem alguns erros comuns que as mulheres repetem e que podem prejudicar a saúde. Confira quais são eles e descubra se você está cuidando direitinho de você.

1. Alimentação errada na TPM

Quem sofre com tensão pré-menstrual sabe como é ruim ter de lidar com a alteração hormonal, o estresse, a tristeza e a felicidade que se alternam em um intervalo de poucos minutos. Isso sem contar na dor de cabeça que pode ocorrer e nas cólicas.

Uma saída para muitas é consumir doces. Quem nunca ouviu que o chocolate é um santo remédio para a TPM? Mas se consumido exageradamente pode ter o efeito reverso. E não só o chocolate, mas outros doces, carboidratos, frutas cítricas e açúcares também.

A consequência são corrimentos e outras infecções, que podem levar a males como a candidíase. Para amenizar a TPM, Domingos recomenda a ingestão de alimentos com cálcio, vitamina C e potássio. Ao invés de se encher de chocolate, você pode incluir na dieta frutas, verduras, folhas verdes, nozes e castanha do Pará, por exemplo. Além disso, é interessante saber que o chocolate pode agravar os sintomas, assim como as bebidas alcóolicas, o cigarro, o café e os doces.

2. Lubrificar a vagina com produtos errados

A lubrificação é super importante para a mulher durante uma relação sexual, seja ela vaginal ou, principalmente, anal. Mas é preciso prestar atenção no produto que será usado durante o ato, já que nem todos são liberados e alguns podem até causar alergias e o rompimento da camisinha.

“Óleos lubrificantes, por exemplo, não são indicados em hipótese alguma, já que podem desintegrar o látex do preservativo. Inclusive, estão quase extintos do mercado. A ação do óleo lubrificante reage ao material da camisinha e isso pode causar um rompimento do preservativo. Além disso, os óleos são prejudiciais à vagina porque permanecem alguns dias nela”, explica o ginecologista.

Quando o óleo fica muito tempo na região íntima da mulher, aumentam as chances de proliferação de bactérias, o que pode causar infecções na vagina. Os produtos mais indicados são os à base de água, que não causam alergias e também não reagem com a camisinha, não mancham tecidos e são fáceis de serem encontrados em farmácias e supermercados.

3. Produtos errados para limpeza vaginal

Sabonete íntimo, lenços umedecidos, absorvente diário, desodorante íntimo… parece que cada vez mais produtos são criados para melhorar a nossa saúde, mas será que eles são realmente necessários? A verdade é que usar o papel higiênico da maneira correta, de onde está o clitóris até a região do períneo, já promove uma limpeza adequada. Junto, claro, com a água corrente e o sabão neutro usados durante o banho.

O uso frequente de sabonete íntimo altera o pH natural da vagina e tira a defesa natural da região, por isso é preciso cuidado com esse tipo de produto. “Ao respeitar o pH vaginal, a mulher evita a proliferação de bactérias e, consequentemente, as infecções, os odores indesejáveis, os corrimentos, as lesões na vagina e na vulva, além das doenças mais graves”, explica o especialista.

Outro hábito que deve ser deixado de lado são as duchas vaginais. Elas também não são necessárias, já que podem alterar a flora vaginal e prejudicar a defesa do organismo. “É importante frisar que a própria vagina se encarrega de fazer a limpeza interna naturalmente. Os lenços umedecidos também podem causar irritações ou reações alérgicas de hipersensibilidade.”

4. Não realizar os exames de rotina

Todas as mulheres sabem que é chato passar horas no laboratório para fazer ultrassom vaginal, das mamas, papanicolau, exame de sangue, urina, colposcopia, mamografia e assim vai. Pode demorar, às vezes é incômodo, há também o medo de descobrir algo de errado com você mesma, mas eles são essenciais para você cuidar de sua saúde.

“Quando se faz exames preventivos, podemos descobrir doenças logo no início e, assim, nos submetermos a tratamentos adequados para evitar problemas mais graves. Muitas mulheres não têm o hábito de realizar esses exames, que são necessários para evitar males futuros como câncer do colo do útero, câncer de mama, cistos, síndrome de ovários policísticos, entre outros”, afirma Domingos.

5. Uso de anticoncepcional errado

O surgimento do anticoncepcional provocou uma verdadeira revolução sexual no mundo das mulheres. Hoje, a mulher se sente muito mais segura para fazer sexo do que décadas atrás, mas o uso do método contraceptivo ainda gera dúvidas. Sendo assim, seja nas versões oral, injetável, adesivo ou implantados, o que a mulher precisa realmente fazer é procurar um ginecologista para decidirem juntos a melhor opção.

“Não se pode confiar na indicação de amigas, já que nem sempre o que vale para uma pessoa traz benefício para outra. Cada organismo reage de uma forma”, ressalta do ginecologista. Por isso é fundamental a orientação médica para que o método escolhido seja o mais adequado para você.

Além disso, o anticoncepcional é uma “bombinha de hormônios” e algumas pessoas não podem usá-lo, como mulheres com histórico de trombose ou com enxaqueca com aura, já que pode gerar consequências graves para a saúde das mesmas. E além dos efeitos colaterais que a pílula pode gerar em qualquer mulher, o uso errado pode acarretar em uma gravidez indesejada ou desequilíbrio do ciclo menstrual.

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